Danamos a querer ter certeza do que vai acontecer no proximo instante momento. Entretanto, é questionável a vantagem de se saber tal fato. Por que? Simples. O charme, o "x", o interessante, o desejado está em exatamente não saber. Não por não querer. Não por não entender o que se sabe, mas sim pelo fato de simplesmente não saber. E você, aí, passando noites programando qual das duas palpebras vai abrir primeiro no proximo dia. Se esquece que elas, as palpebras, já estão abertas a quase 10h e você nem se deu conta.
Estar, questionar, programar, querer, dizer e decidir... faz parte da rotina.
Entender, compreender, saber.. isso já faz parte de um desejo simplesmente inutil.
Penso que se escrevessemos mais, tirassemos mais fotos, beijassemos mais... se nos desejassemos um pouquinho mais, com certeza teriamos muito menos tempo pra pensar no que fazer daqui a um segundo. Afinal de contas, um segundo passa nessa velocidade.. passou.. passou.. passou denovo...e passará pra sempre. Quer ficar aqui me vendo digitar isso pra sempre? Fica a vontade... tenho a tarde toda livre, então, disponha. Se for esperto, e entendeu metade do que eu disse, vai levantar da cadeira e viver um pouco mais cada segundo perdido se entendendo, se buscando, se controlando. Se eu pensasse a cada palavra pra escrever, com certeza teriamos aqui um texto perfeito, a redação nota 10, um epígrafo digno de aplausos de Machado de Assis. Mas não é essa a intenção. Me atrai o fato de não saber o meu limite. Até aonde vai o meu dom, as minhas facilidades e a minha maestria. Escrever é facil. Basta ter um lápis, caneta.. ou ateh mesmo um teclado em mãos. Mas, saber o que se escreve e a potencialidade do que se escreve fica a aparente desejo do destino. E assim deve ser.
Pare de querer controlar. Não vale a pena.
Apenas viva e deixe viver. "Live and let living". É o que disse McCartney.
Deixa o proximo segundo pro relógio e pro seu destino te trazer.